Um ano depois do mega-assalto à Prosegur no Paraguai, 12 suspeitos estão presos
0Um ano após o mega-assalto à Prosegur, em Ciudad del Este, no Paraguai, 12 suspeitos de envolvimento no crime estão presos – quatro deles no país vizinho.
Dos oito inquéritos abertos pela Polícia Federal do Brasil, um foi concluído e sete estão em andamento.
Na madrugada do dia 24 de abril de 2017, cerca de 40 assaltantes participaram do roubo de mais de US$ 11,7 milhões – o equivalente a R$ 40 milhões – da transportadora de valores.
As investigações conjuntas entre a Polícia Nacional paraguaia e a PF, batizada de Operação Resposta Integrada, indicam que o maior assalto da história do país vizinho foi praticado por membros de uma facção criminosa brasileira.
“Essa foi uma ação feita por brasileiros. Foi um planejamento extenso, com o uso de armamentos robustos. Isso leva a crer que foi ato de uma organização ou de organizações criminosas que agem no Brasil e também no Paraguai”, aponta o delegado-chefe da PF em Foz do Iguaçu, Fabiano Bordignon.
A perícia na casa em Ciudad del Este, usada pelo grupo por cerca de 30 dias até o dia do assalto, e exames de DNA identificaram cerca de 30 perfis genéticos.
De acordo com o delegado, alguns têm registro no banco de dados genéticos da polícia e participação em outros crimes no Brasil como roubos a bancos e a empresas de valores. Um dos suspeitos identificados está foragido.
A ação
Explosivos foram usados para arrombar o cofre da empresa, que fica a cerca de 4 km da Ponte Internacional da Amizade, na fronteira com Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná. A ação durou mais de três horas.
Na troca de tiros, um policial que fazia segurança particular à transportadora foi morto. E, na fuga, vários carros blindados usados pela quadrilha foram abandonados.
Ainda segundo a polícia, parte do bando cruzou a fronteira pelo Lago de Itaipu e se dividiu por municípios brasileiros de fronteira, como Itaipulândia e São Miguel do Iguaçu, onde houve confrontos.
Três suspeitos morreram e 15 foram presos também em Cascavel, Foz do Iguaçu e Guaíra. A maioria foi liberada por falta de provas.
Na época, foram apreendidos explosivos e armas de vários calibres, como fuzis, e recuperados R$ 4,5 milhões em cédulas de real, guarani e dólar.