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Autoridades destacam melhora na segurança, mas admitem insuficiência no efetivo

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Representantes do setor de segurança estiverem na sessão da Câmara de Paranaguá desta terça-feira (14) e ressaltaram que a comunidade precisa combater a criminalidade em conjunto com a polícia.

A sessão desta terça-feira (14) da Câmara Municipal dos Vereadores de Paranaguá foi marcada pela discussão sobre a segurança pública. Além dos vereadores, autoridades de corporações de segurança, presidentes de associações de moradores, professores e alunos participaram do ato e buscaram respostas para diminuir a violência na região. Por unanimidade, a falta de investimento na área, atrelado ao número insuficiente do efetivo foram os destaques das autoridades. Eles ainda pediram maior interação da comunidade com as polícias.

De acordo com o major Nivaldo Marcelus da Silva, do 9.º Batalhão de Polícia Militar, em média acontece 90 homicídios por ano no Litoral e 95% das vítimas sãos pessoas que estavam envolvidas com o tráfico de drogas. Segundo ele, apesar da falta de efetivo, o trabalho tem sido realizado com eficiência e em conjunto com as polícias integradas. “A PM trabalha em conjunto com a Civil, Federal e Guardas Municipais para combater a criminalidade. Mas ressaltamos que esse é o problema de todos. No Litoral, temos 440 policiais militares e posso garantir que aqui, apesar do efetivo insuficiente de policiais e a falta de estrutura, temos colocado o maior número de viaturas nas ruas para realizar o trabalho ofensivo”, declarou ele, destacando que todas as informações e denúncias da população são mantidas em sigilo. “As últimas denúncias estão nos ajudando e muito a identificar os criminosos. Coloco a disposição o número do Whatsapp da PM (41) 9524-5661, para denúncias e quero garantir que todas as denunciam são mantidas em sigilo”.

O delegado da Polícia Federal Algacir Mikalovski, disse que é preciso investir em aperfeiçoamento e estrutura, porém relatou que o trabalho é realizado de forma integrada com outras corporações no combate a quadrilhas organizadas. O delegado Ítalo Cesar Sêga, da 1ª Subdivisão da Polícia Civil (SDP) apresentou um levantamento do índice criminal da região desde 2010 e declarou que, apesar dos dados positivos, a prioridade ainda é diminuir o número de homicídios. Sêga ressaltou que em 90 dias, 250 presos foram transferidos da 1.ª SDP para penitenciária de Piraquara, Região Metropolitana de Curitiba, e que, mesmo com as delegacias de Matinhos e Pontal do Paraná não recebendo mais presos e que todos são encaminhados a 1.ª SDP, 180 dos transferidos cometeram crimes em Paranaguá e que em média 150 crimes são registrados por ano.

O secretário municipal de Segurança, delegado Cícero Alves Fernandes, ressaltou que apesar da lei que determina que os serviços da Guarda Municipal se limitem aos cuidados dos bens públicos, atualmente a corporação trabalha no combate a criminalidade. “Só vamos conseguir fazer uma segurança excelente, quando a população se juntar com as polícias”. Ele ressaltou ainda que na cidade há 10 câmeras instaladas pela cidade, inclusive na entrada, com sistema de identificação de veículos com alerta de furto.

O major do Corpo de Bombeiros, Paulo Henrique de Souza, declarou que a corporação realiza treinamentos referentes a incêndios portuários, já que o cenário local é bem parecido com o Porto de Santos, onde um incêndio atingiu seis tanques de combustíveis. O major também revelou que a corporação trabalha na fiscalização de ambientes fechados para evitar a tragédia da boate Kiss, em 2013, que matou 242 pessoas e feriu 680 outras num incêndio da cidade de Santa Maria, no Rio Branco do Sul. Por fim, vereadores e população presentes da sessão puderam sugerir ideias para ajudar no combate a criminalidade e no trabalho das autoridades de segurança.

 

Fonte: http://www.jornaldosbairroslitoral.com.br/noticias/paranagua/capa/2015/04/autoridades-destacam-melhora-na-seguranca-mas-admitem-insuficiencia-no-efetivo

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